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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Dicionario Potiguar - Letra D

Dando Continuidade ao nosso dicionario .Hoje a letra 



Derna: Desde
Descansar: ter nenê, parir.
Desembuchar: Confessar rápido
Desimbestar: Correr de repente
Desminhunçar: Minuciosamente
Desunerar: passar do ponto, desandar
Diacho: Indignação, raiva, decepção
Dirmantelado: desleixado, estranho
Disconjuro (te esconjuro): Praga, maldição
Distrenado: Sem graça, envergonhado

terça-feira, 27 de setembro de 2016

AIDENTO POESIA:FELIPE CAMARÃO: O BERÇO DA CULTURA POTIGUAR

Dando continuidade na comemoração dos 100 anos do bairro de Felipe Camarão uma linda poesia sobre o bairro.

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FELIPE CAMARÃO: O BERÇO DA CULTURA POTIGUAR

 de Sírlia Lima


Para todos os leitores
Quero me apresentar
Eu sou Sírlia Lima
E em versos vou falar
Porque aprecio a cultura
E as belezas do lugar


Quando a inspiração chega
Entro logo em ação
Pego lápis ou caneta
Sempre com papel na mão
Vou falar sobre o bairro
De Felipe Camarão

Situado na Zona oeste
É um bairro muito belo
Data de sessenta e oito
Fundado por Agnelo
Foi criada uma Lei
E bateram o martelo

Um bairro cercado por Dunas
E também contradição
Se de um lado tem cultura
De outro tem preocupação
Se a droga adentrou
A cultura é a salvação

O povo de Felipe Camarão
É um povo habilidoso
Que luta por seus direitos
Nunca fica ocioso
E hoje suas conquistas
Deixa o povo orgulhoso

A população foi à luta
Desde a sua fundação
Todos se empenharam
Em forma de mutirão
E às autoridades
Faziam reivindicação

Foi por meio do trabalho
Não à custa de esmola
E assim foi construída
A primeira escola
Um povo que luta
É um povo que decola

A união do povo
Tem caráter identitário
Construíram a igreja
E o centro comunitário
O povo não se acomoda
Tem espírito libertário

Lutar por seus direitos
É do povo a diretriz
Conseguiram posto médico
Clínica e chafariz
O poder emana do povo
A democracia diz


Se de um lado vemos Dunas
Em nosso olhar vemos a tela
Que nos traz a natureza
Com nuances muito belas
Mas também existe gente
Que habita na favela

Devemos voltar o olhar
Com gestos de candura
Enxergar que mora gente
Que vive sem estrutura
Pela falta do emprego
Já vive de amargura

A mídia com seu poder
Criou a fama de mal
Nesse bairro que é tão belo
Da cidade de Natal
Só enfatiza o bairro
Em crônica policial

O povo de Felipe Camarão
É um povo guerreiro
É a casa do Boi de Reis
Do grande Mestre Marinheiro
O povo herdou essa cultura
E espalhou pro mundo inteiro

Lá também tem poetas
Tem cultura a granel
Tem também mamulengos
Do grande Chico Daniel
Vamos ter que difundir
Pra cumprir nosso papel

A cultura em neste bairro
Impulsiona, fervilha
Palpita no coração
E o povo segue a trilha
Com a ginga da capoeira
Com a arte o povo brilha

As artes que lá existem
É do povo o tesouro
Tem Boa vontade
E também Cordão de ouro
Vamos expandir a arte
Para o futuro vindouro

Felipe Camarão
É orgulho para o Brasil
Espalhou-se pelo mundo
O nosso Pastoril
Tem o Peixe encantado
Que é do povo varonil

Sei que não falei de tudo
Mas aqui vou encerrar
Eu tracei um perfil
Espero te agradar
Eu me chamo Sírlia Lima
Sou poeta popular

terça-feira, 20 de setembro de 2016

O Bairro de Felipe Camarão fazendo história :Da Criação aos Problemas atuais

Dando continuidade a nossa serie sobre os  100 anos do Bairro de Felipe Camarão,hoje iremos falar sobre o bairro da Zona Oeste que tem muita historia para contar.

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Foto do Bairro de Felipe Camarão

Peixe-Boi foi a primeira denominação do bairro. Isto porque disseram que foi encontrado um espécime grande deste mamífero nos mangues do local.Segundo Câmara Cascudo(1898-1986) a região já era habitada por ribeirinhos no inicio do Século XX que pescavam perto de sua casa e iam vender .  Mas o nome de batismo do índio Poti, chefe dos potiguares, designa o lugar nos dias de hoje. A localidade passou a se chamar Felipe Camarão, através da lei 1.760 de 22/08/68, publicada no Diário Oficial de 24/08/68.

Mas a área que atualmente fica o bairro pertenceu a senhora Amélia Machado ,mais conhecida como Viuva Machado que percebeu que suas terras eram invadidas por ribeirinhos do Rio Potengi. Na década de 60 o terreno é vendido á Gerold Gepper que criou o loteamento Reforma na região.

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Uma imagem de  Felipe Camarão
Dois grandes conjuntos formam o bairro de Felipe Camarão. O primeiro surgiu nas proximidades do mangue e é tido como o lugar mais calmo. Entretanto, o antigo Pró-Morar, atual Felipe Camarão II, é conhecido como um lugar perigoso, principalmente nas imediações da favela.

Não é só o temor da violência que os moradores, tanto de Cidade Nova como de Felipe Camarão, dividem. Entre os dois bairros fica a estação do trem. Ainda mais quando o trecho perigoso, onde os ônibus cortam a linha férrea, continua sem sinalização.

As vendinhas improvisadas nas residências são o sustento de muitos nos bairros de Felipe Camarão e Cidade Nova. São garagens, salas ou áreas construídas especificamente para virar mercearia que sobressaem no cenário do aglomerado urbano. Para os conhecidos, o velho fiado, ainda é modo de garantir a saída dos produtos. Outro sustento informal vem do lixão de Cidade Nova, os vidros jogados fora, tornam-se ouro quando bem aproveitados

E assim o bairro de Felipe Camarão vai sobrevivendo as dificuldades e aos poucos o progresso chega ao bairro tão carente.



quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Dicionario Potiguar Letra C

Dando continuidade ao nosso Dicionario ,hoje é a letra ...



Cabaço: Hímen; moça virgem
Cabra: Sujeito, indivíduo
Cabido: Intrometido
Cabimento: dar liberdade, tomar conhecimento
Cacunda: Pescoço,nuca
Cachete: Envelope de comprimidos
Caçote: Sapo pequeno
Caçoar: Recepiente de couro de animais
Cagado: Se diz de quem tem sorte
Cangaia: Cela de madeira e almofadas de pano
Canguêro: Motorista ruim
Cambada: Várias pessoas
Cambitos: Pernas muito finas
Catimbozeira: Pessoa que pratica catimbó
Catiripapos: Pancadas, socos
Catombo: Inchaço, calombo
Catucar: Mexer, espetar
Catraia: Mulher feia, coisa ruim
Catrevage: Tralhas, feio ao extremo
Cartaz: Confiança
Cangapé: cair, rolar
Cangote: Pescoço, nuca
Caninga: insistência
Capiloçada:Traquinagem
Caritó: Mulher que não casou
Carão: Ser chamado à atenção
Casa do Caralho: Muito distante
Carrêgo: Pessoa ruim, invejosa
Catinga: Fedor
Caviloso: Fingido, artimanha
Cêra: Matar o tempo
Ceroto: sujo
Cerimônha: Vergonha
Cisqueiro: Munturo, terrreno baldio
Cipoada: Pancada forte
Corriola:Grupo, bando
Cocorote: Cascudo
Cotôco: Pequeno
Cotó: Coisa Pequena
Coió: Muito bêbado ou pessoa cansada, exaurida
Confabular: conversar,trocar idéias
Confeito: Balas, Gomas de mascar, Doces
Cu-de-cana: Bêbado
Cu-de-burro: Briga
Curiar: Espiar, olhar
Chafurdar: Envolve-se com alguém (fala-se com menosprezo)
Chamegar: Carícias com conotações sexuais
Chapoletada: Pancada forte
Cruzeta: Fazer algo ilegal, por debaixo dos panos

terça-feira, 13 de setembro de 2016

100 anos de Felipe Camarão:Entre risos e lagrimas



A partir de hoje e nas próximas terça-feiras o nosso foco estará voltado para celebrar os 100 anos da fundação do Bairro de Felipe Camarão,localizado na região Oeste e considerado um dos bairros mais violentos da cidade do Natal.O bairro tem muito o que mostrar e celebrar,sendo um dos celeiros culturais da cidade ,por isto embarque com a gente nesta viagem e tenha um outro olhar para este bairro centenário .


E para começar iremos contar sobre quem foi o Homenageado que deu nome ao bairro.


Felipe Camarão (1591-1649) foi indígena brasileiro. Herói da Insurreição Pernambucana, "Capitão-Mor do índios", "Dom Filipe", "Cavaleiro da Ordem de Cristo" e "Fidalgo", títulos que recebeu do rei, por lutar na defesa do território brasileiro, contra o ataque dos inimigos.
Felipe Camarão (1591-1649) nasceu no Rio Grande do Norte, no ano de 1591. O índio "Poti", foi batizado pelo padre Dionísio Nunes, com o nome cristão de Antonio, depois, ao seu nome, foi acrescentado Felipe, em homenagem ao rei da Espanha e Portugal. No dia 4 de de junho de 1612, o índio Antonio Felipe casa com Clara Camarão.

Uma das imagens que representa a figura de Felipe Camarão,considerado uma heroi
Felipe Camarão foi um dos primeiros voluntários a se apresentar ao Governador Geral do Brasil, o português Matias de Albuquerque, no Arraial do Bom Jesus, para participar das lutas em defesa do território brasileiro. Em 1633 recebeu do rei Filipe IV da Espanha, a patente de "Capitão Mor dos índios". Em 1635 recebe o tratamento de "Dom" e a comenda de "Cavaleiro da Ordem de Cristo", tornando-se "fidalgo". A realeza espanhola concedia títulos aos povos considerados inferiores, e que lutavam a frente das batalhas, lhes dando um certo status social.
Felipe Camarão confrontou-se com alguns compatriotas Potiguares, como ele, que haviam sido evangelizados pelos holandeses e que lutavam contra os portugueses. Em 1637, tomou parte da batalha de Porto Calvo, Alagoas, onde sua mulher também lutava na tropa feminina, na batalha de Barra Grande. Esteve na batalha de Comandatuba na Bahia, onde enfrentou os holandeses, estando a frente do exército, o próprio Maurício de Nassau. Participou ainda das lutas em Goiana, Terra Nova e Salvador.
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Uma visão romântica de Filipe Camarão, por Victor Meireles
Em Pernambuco, em 1645, durante a Insurreição Pernambucana, Felipe Camarão lutou na batalha de Casa Forte, quando os pernambucanos vitoriosos, no Monte da Tabocas, hoje Vitória de Santo Antão, se aproximaram do Recife e fundaram o Arraial Novo do Bom Jesus, ao lado da atual estrada do Forte em Iputinga. Os revoltosos tomaram a casa de Dona Ana Paes, senhora de engenho, casada com um flamengo e amiga de Maurício de Nassau. Filipe Camarão participou ativamente da tomada do Engenho Casa Forte, onde na região da várzea do rio Capibaribe, estruturaram o cerco à cidade do Recife.
Felipe Camarão esteve presente também na primeira batalha dos Guararapes, em 19 de abril de 1648, onde o inimigo ficou isolado, em determinados pontos do território. Filipe adoece e se retira para o Engenho Novo de Goiana, onde morre, e não participa da retomada do Recife em 1654.

Dom Antonio Filipe Camarão morre no dia 24 de agosto de 1649.








NA PRÓXIMA SEMANA :

O Bairro Felipe Camarão fazendo História :Da criação aos problemas atuais 












domingo, 11 de setembro de 2016

Sai o resultado preliminar da prova escrita para professores do Concurso da UERN




No ultimo dia 09 (sexta-feira ) o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural Assistencial (IDECAN) anunciou o resultado preliminar da prova escrita para preenchimento de vagas para professor na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN.

Para fazer a consulta individual clique aqui
Para ver o resultado da prova individual clique aqui


Parabéns aos selecionados no concurso 


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Dicionario Potiguar -Letra B

Dando continuidade ao nosso Dicionario ,hoje é a letra ...





Bacurau: Pessoas ligadas ao PMDB (RN)
Bodejar: Falar muito baixo
Bambo: Por acaso: acertou o alvo no bambo
Bandêra: dar conhecimento
Bando: Muita gente
Bagana: Comida rápida: biscoitos, chocolates
Bate-coxa: Dança, Baile
Baitola: Homossexual Masculino
Barrer: Varrer
Beleléu:Sumir, desparacer
Beréu: Bordel
Besta: Orgulhoso (a): Fulano anda todo besta com seu trabalho.
Bestar: Perder tempo
Bexiga-lixa: Raiva,ódio
Bicudo: Pessoas ligadas ao DEM(RN)
Biloura: Desmaiar, esmorecer
Birimbelos:Penduricalhos, ornamentos
Biloca: Bola de gude
Birrento: Teimoso, zangado
Bofes: Pulmões( botando bofes para fora-cansado)
Boiar: Sobras, ou pessoa que não entendeu o assunto: fulano ficou boiando
Bocado: Muito
Bocó: Matuto
Bodejar: Falar baixinho
Boga: ânus
borocochô: Estar triste
Boyzinha: Moça adolescente
Bucho: Estômago
Bucho-inchado: Cheio, empanturrado
Buchuda: Mulher grávida
Busanfa: Bunda
Bundêra: Mulher que faz sexo anal
Butico: ânus, furico
Butuca: olhos
Burranha: Região entre as nádegas e a coxa
Braba: Pessoa valente
Breado: Sujo
Brega: Bordel
Brenha: Lugar longe
Brocoió: Matuto
Bronha: Masturbação
Bruguelo: Bêbe
Bubu: Chupeta
Bufa: Peido
Bufento: Sem cor
Bulir: Mexer

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Dicionario Potiguar -Letra A

Hoje começamos mais um projeto aqui no site , sobre o nosso dialeto próprio de falar e ajudar o povo de fora saber como é que falamos . E vamos começar com a letra  ...




Abestaiado: Desatento
Abilolado: Pessoa desatenta, doida
Abigobel: Indivíduo tolo, leso
Abiscoitar: Ganhar, conseguir
Abusado: Chato
Abufelar: Brigar
Acabrunhar: Desanimar
Acanalhar: Bagunçar, desordenar
Acochar: Arrochar
Acoloiar: juntar-se a..
Acunhar: Correr
Afolosar: Deixar frouxo
Agôar: regar, molhar, irrigar
Achegar: Se aproximar
Aloprar: exagerar, se irritar
Amarrado: Mesquinho
Amolar: Fazer fio, tornar cortante
Amuado: Com raiva
Amuntar: Montar
Amurrinhado: Desanimando, doente
Apombalhado: Leso
Apoquentado: Aborrecido, aflito
Aperriado: Estressado
Apigorar: Observar, olhar de pedinte
Apurrinhar: Perturbar
Arenga: Pequena briga


Aresia: conversa jogada fora
Ariado: Perdido, desnorteado
Aremedar: Imitar
Arredar: Sair
Arretado: Coisa muito boa
Arreganhar: abrir ao máximo,escancarar
Arribar: ir embora, sair
Arripunar: Enjôo,nojo,ânsia de vomito
Arrochado: Pessoa de coragem
Arrombado: Furado,( Pessoa boa no que faz:
Sid é o pedreiro arrombado)
Arrudiar: Dar voltas
Assuletrar: soletrar, separar as letras de cada palavra,
Avechado: Com pressa
Avia : Ande logo
Avoar: Voar
Azalado: Azarado, sem sorte






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