Finalmente no estado, alguém que tenha a cabeça no lugar, enquanto as prefeituras municipais dos estados continuam de certa forma, dando o que as pessoas querem, fato do qual as mantém no poder, o governador trabalha com os pés no chão, fazendo coisas que serão benéficas.
O governador Robinson Faria reuniu os secretários das áreas de meio ambiente e recursos hídricos, no começo da tarde desta sexta-feira (30), a fim de estabelecer um plano emergencial de combate à seca, que o próprio chefe do Poder Executivo definiu como de “curto prazo”. De início, Robinson Faria afirmou que este ano o governo não vai passar recursos financeiros para ajudar o Carnaval no interior, como tradicionalmente pleiteiam os municípios, nem mesmo através a Fundação José Augusto (FJA): “? uma medida amarga, que temos de enfrentar, vamos dar prioridade ao combate à seca”.
Robinson Faria foi informado na reunião com auxiliares de primeiro escalão e também com a direção da Companhia de ?guas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), que existem oito cidades em situação de colapso no abastecimento de água e outras 44, principalmente nas regiões Oeste e Seridó, em situação de alerta.
Para minimizar esse quadro de escassez de água, o governador garantiu, ainda, que emergencialmente, o governo vai instalar 1.700 poços tubulares que já estão perfurados, mas faltam ser equipados, bem como irá retomar as obras da adutora do Alto Oeste, que deverá abastecer 28 cidades da Região Oeste a partir da barragem de Umari, em Upanema.
Segundo o governador, o Estado ainda precisa pagar uma contrapartida de R$ 5 milhões devidos à construtora EIT para a retomada das obras da adutora do Alto Oeste, que está faltando apenas 7% para a conclusão das obras.
“Com isso iremos resolver a situação de dificuldade de abastecimento de água no Oeste”, continuou, principalmente para minimizar os efeitos do colapso de água em oito cidades foram atingidas, sendo sete do Oeste (Antônio Martins, João Dias, Luís Gomes, Paraná, São Francisco do Oeste, São Miguel e Tenente Ananias) e uma no Seridó (Carnaúba dos Dantas), enquanto três cidades enfrentam rodízio de abastecimento de água: Acari, Currais Novos e Caicó.
Para a instalação dos poços o governo precisará de R$ 30 milhões, além do custo mensal de R$ 6 milhões para abastecimento de água por caminhão-pipa, recursos que Robinson Faria tentará conseguir em Brasília, logo que conseguir agendar audiências, na próxima ou na outra semana, nos Ministérios da Integração Nacional e das Cidades.
Em relação aos caminhões-pipas, a Caern expôs ao governador que pelo menos 26 municípios vão precisar desse tipo de abastecimento de água, das quais 15 situam-se na região Oeste e 11 na região do Seridó, onde a necessidade prevista é, respectivamente, de 232 e 339 carros-pipas por dia. O custo total é de R$ 5.976.300,00 por mês. Outra decisão tomada pelo governo, é a deflagração de uma campanha educativa na mídia impressa e eletrônica - “o que nunca foi feita para combater o desperdício de água”, anunciou Faria.
O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José Mairton Figueiredo de França, informou que entre os dias 23 e 27 de fevereiro vai à Brasília tentar a liberação de recursos para investimentos contra a seca e explicou que a execução dessas medidas de emergência deve ocorrer no máximo em três meses, período em que será possível saber se consolida ou não o inverno.
José Mairton França admite que o Estado hoje carece de um planejamento na área de recursos hídricos, cujo Plano Estadual “já era pra ter passado por uma revisão em 2008”.
Além de José M. França, participaram da reunião com o governador o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e da Pesca, Haroldo Abuana Osório; o diretor-presidente da Caern, Marcelo Toscano; o diretor do Instituto de Gestão de águas do RN (Igarn), Josivan Cardoso Moreno e o diretor do Instituto de Defesa de Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), Camilo Collier Neto, que foram empossados nos cargos antes da reunião com Robinson Faria, e o secretário de Relações Institucionais, Hudson Brito.
Em colapso
Sete cidades enfrentam o colapso no abastecimento de água e dependem exclusivamente de carros-pipa: Antonio Martins, João Dias, Luís Gomes, Paraná, São Francisco do Oeste, São Miguel, Tenente Ananias e Carnaúba dos Dantas
m rodízio
Três cidades enfrentam rodizio de abastecimento de água: Acari, Currais Novos e Caicó
Fonte: TN
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