Tendência


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Ai Dento Turísmo–Praia de Pirangi do Norte

Hoje, iremos falar sobre a praia de pirangi, localizada a 22Km de Natal, a praia faz parte do municipio de Parnamirim e Nísia Floresta, e é pioneira em procura pelos turístas.

pirangi

PIRANGI É uma praia no litoral do Rio Grande do Norte, dividida pelo Rio Piranji em Piranji do Norte e Piranji do Sul. A praia "do norte" está localizada no município de Parnamirim , e a "do sul" no município de Nísia Floresta .

 

PIRANGI DO NORTE

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Piranji do Norte é a mais procurada pelos natalenses no verão especialmente em sua maioria pela grande massa de adolescentes e jovens de classe média alta que ali passam o chamado veraneio. É a que tem mais infra-estrutura em relação a Piranji do Sul e é a mais badalada já que nela se encontram bares e a casa de shows mais famosa no estado, o Vila Folia/Circo da Folia onde grandes bandas de axé, forró e rock se apresentam. É nesta praia que se localiza o maior cajueiro do mundo (8500 Metros Quadrados), por isso, recebe uma grande gama de turistas.

Na praia voce pode fazer um passeio de barco, por R$ 50/pessoa. O passeio dura duras horas e o destino são os parrachos, piscinas naturais a 800 metros da costa. Elas se formam nos arrecifes, quando a maré está baixa.

o visitante pode mergulhar com máscara e snorkel. O equipamento é emprestado pelas operadoras de turismo. Quem quiser também pode ir além e praticar o mergulho com cilindro. Não precisa ter experiência. Os mergulhos duram meia hora e custam R$ 120. O instrutor acompanha o turista o tempo todo. Debaixo d’água é possível ver de perto peixes e corais.

Pirangi significa rio de peixe. É no encontro dele com o mar que ficam algumas barracas onde o visitante pode experimentar um pouco da culinária local: peixe, camarão, caranguejo e até tapioca com recheio de siri. O turista não pode ir embora sem experimentar os pasteis de arraia, lagosta e caranguejo. Os pratos variam de R$ 5 a R$ 65.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

IFRN OFERTA 156 VAGAS PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO

A Pró-Reitoria de Ensino divulgou na manhã desta segunda-feira (27) a abertura doedital 25/2015, que versa sobre o processo seletivo com vagas direcionadas aos cursos de graduação do IFRN. Entre os campi que ofertam as 156 vagas estão: Macau, Mossoró, Nova Cruz, Santa Cruz, Pau dos Ferros e São Gonçalo do Amarante.

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Os cursos oferecidos estão divididos nas áreas de licenciatura e tecnologia, e são: biologia, matemática, química, física, gestão ambiental, processos químicos, análise e desenvolvimento de sistemas e logística. A seleção é referente ao preenchimento das vagas para o segundo semestre letivo de 2015. As inscrições acontecem pelo site do instituto (http://ingresso.ifrn.edu.br) entre os dias 28 de julho e 10 de agosto de 2015.

O processo seletivo utilizará para classificação dos candidatos as notas obtidas nas edições 2010, 2011, 2012, 2013 ou 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Para efeitos de classificação, o candidato deverá informar no momento da inscrição o ano da edição do ENEM que deseja utilizar.

 

Fonte: O Potiguar

Feira de Gastronomia movimenta o fim de semana na árvore de Mirassol

A quinta edição da Feira de Gastronomia & Arte da Praça da Árvore de Mirassol começa nesta sexta-feira (31) na Praça da Árvore de Mirassol. Realizada pela Prefeitura Municipal do Natal, por intermédio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e em parceria com os participantes do evento. “Estamos muito felizes com a receptividade do público potiguar e seguiremos com o projeto a cada final de mês, sempre com novos atrativos. Com a realização da Feira de Gastronomia & Arte, a Praça da Árvore de Mirassol já se tornou um espaço de convivência para as famílias”, enfatizou o titular da Semsur, Antônio Fernandes.

A Feira deste final de semana, que será realizada até o domingo (2), terá como uma das atrações, o Festival de Sorvetes Artesanais, com diversos sabores e formatos diferenciados. Entre as opções, sorvete de caipirinha, smoothies, tortas de sorvetes, sundaes, brownies, sorvetes diet e a “Feijoada de Sorvete”.

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Além dos tradicionais pratos com camarão, sanduíches, baguetes, docinhos finos e comidas regionais, marcarão presença os famosos “food trucks”, como o Pig e Bull, especializado em sanduíches feitos a partir de carnes assadas, molhos e queijos especiais escolhidos pelo próprio cliente.

parte cultural contará com a beleza do melhor do artesanato potiguar, oficinas no mercado de artesanato local e show musicais diários. Na sexta-feira (31), dia da abertura, sobe ao palco Raimundo Flor e Forró Legal e Jefferson Pazz. No sábado, a animação fica a cargo de Natal Show e Forró do Miguel e Amantes do Samba. Já no domingo, que agita é Wanamarque, KD Maitê, Silvana Martins & Quarteto in Samba.

Evento: “Gastronomia & Arte”
Local: Praça da Árvore, em Mirassol
Data: 31 de julho, 01 e 02 de agosto (sexta, sábado e domingo)
Horário: 16h às 23h
Entrada Gratuita

 

fonte: Tribuna do Norte

Justiça determina bloqueio de R$ 1,7 milhão na conta da Prefeitura de Mossoró

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O juiz Pedro Cordeiro Júnior, da Vara da Fazenda Pública de Mossoró, determinou o bloqueio, através do sistema BACENJUD, de R$ 1.732.632,00 das contas do Município de Mossoró. O valor é referente à pagamentos de serviços hospitalares prestados por Cardiagnóstico Ltda., mais conhecido por Hospital Wilson Rosado.

Em virtude da possibilidade de vir a agravar consideravelmente a situação financeira do Município, a forma de pagamento será da seguinte maneira: R$ 577.544,00 de forma imediata; R$ 577.544,00 no dia 15 do mês de agosto/2015; e R$ 577.544,00 no dia 30 de agosto/2015.

A medida atende pedido feito pela empresa no Mandado de Segurança nº 0120035-42.2014.8.20.0106, com pedido de tutela de urgência, contra ato supostamente abusivo/ilegal praticado pelo Secretário Municipal de Saúde, Controlador Geral do Município de Mossoró e pelo Prefeito Municipal de Mossoró, com o objetivo de obter judicialmente o pagamento dos serviços hospitalares prestados àquele Município.

Após o bloqueio, o valor será transferido para conta judicial, expedindo-se o respectivo ofício à gerência da instituição financeira responsável, para que a quantia seja transferida para a conta de titularidade do Hospital Wilson Rosado.

fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 29 de julho de 2015

AIDENTO POESIA - Pequeno folheto para o sertão da minha terra

O Quadro AIDENTO POESIA trás semanalmente uma boa poesia para os leitores apreciar. Com uma poesia diferente toda semana, e o melhor, autores regionais.

--- Walter Medeiros

Cidadão, caro leitor,
Dessa vez eu vou contar
Coisas de admirar
Que vivi no interior;
Morando entre as serras
Onde era a melhor terra
Num tempo que já passou.
Foi lá no alto sertão
Interior de Alagoas,
Que um monte de coisas boas
Pra minha admiração;
Eu passei em minha infância,
Que era um tempo sem ânsia,
No bater do coração.
Pra melhor lhe situar
Quero dizer como era
Sem remancho nem espera
A paisagem do lugar
Era um canto tão lindo
Que pela serra subindo
Demorava a chegar.
Tinha uma linda igreja
Onde a gente ia rezar
Outros iam namorar
Inda hoje se corteja
Soltavam até foguetão
Para comemoração
Com salgado na bandeja.
Na frente, uma pracinha,
Para onde todos iam
Não importa o que faziam
Não tinha gente mesquinha,
Eucaliptos cheirosos
Rodeavam, majestosos,
A festa das criancinhas.
Tinha um cruzeiro na serra,
Destino das procissões,
Chegavam até missões,
Muito carneiro que berra,
Melão Caetano no mato,
Pinto, porco, galo e pato,
Espalhavam-se na terra.
Na feira, vendiam tudo,
Cobertor para o frio,
Lamparina e pavio,
Opercata e canudo,
Corda, arreio e limão,
Roupa, picolé, sabão,
Até disco de entrudo.
Tinha ainda refeição,
Jerimum, carne de sol,
Casinha de caracol,
Ferrolho, lápis, carvão,
Até cachaça vendiam
E muitos dos que bebiam,
Findavam o dia no chão.
Mas na rua em que morava
Ouvia samba-canção,
Boleros, que emoção!
Era ali que eu brincava,
Tinha jipe, caminhão,
Passava até lotação,
Com o povo que viajava.
E vinham os carros de boi
Trazendo coisas da roça
De choupana ou de palhoça
Eu me lembro quando foi,
Pois eu pegava carona
Até debaixo da lona
Do carro de Zé Totôi.
Lembro-me daquela estrada
Meu pai fumando charuto
Um casamento matuto
A noiva toda enfeitada
Depois o arrasta-pé
Você sabe como é,
Uma poeira danada.
Mas nem só de alegria
Se vive lá no sertão,
Pois morrendo um cidadão
É feita uma romaria,
Cantando as inselença
Ali todo mundo pensa
No fim dos seus próprios dias.
Levei carreira de touro,
Caí até de cavalo,
Vi gente sangrando galo,
Eu tinha um grande tesouro,
Mel de abelha na mata,
No bolso nenhuma prata,
Mas valia mais que ouro.
Carreguei água em galão,
Chupei picolé no bar,
Vi o circo se armar,
E um palhaço do pernão,
Papangu no carnaval,
Que vida fenomenal,
A vida lá no sertão.
Era tudo muito bom
Cada um no seu lugar
Mas algo de arrepiar
Ás vezes mudava o tom
Pois pra resolver intriga
Tinha quem fosse prá briga
E o tiro virava som.
Ah! como lembro do dia
Em que ao amanhecer
Minha mãe chamou pra ver
A cena que se estendia
Pela calçada da gente
Uma cena diferente
Que quase que eu não cria.
Três ciganos estirados
Mortos em um tiroteio
Sem direito a esperneio
Foram logo baleados
O grupo pouco pacato
Era formado por quatro
Com mais um do outro lado.
O enterro foi chocante
Sem caixão e sem escala
Botaram em uma vala
O grupo de provocante
Que detratou a cidade
E não teve piedade
Mas encontrou a Volante.
Porém vamos retornar
Para as lembranças boas
Que não são petas nem loas
Pois pretendo inda contar
Das minhas contemplações
Carregadas de emoções,
De sol, de chuva e luar.
Creia que nem energia
Dessa que hoje se tem
Chegava ali nem além
Isso não se conhecia
Quando chegou Paulo Afonso
Para substituir o Ronson
E até hoje alumia.
Quando vejo aquela Igreja
Lá no alto da cidade
Sinto uma forte saudade
Tanto que até lacrimeja
Meu olhar quase cansado
Que não esquece o passado
Esteja onde quer que esteja.

















































































































































sexta-feira, 24 de julho de 2015

AI DENTO TURÍSMO–Forte dos Reis Magos

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A Fortaleza da Barra do Rio Grande, popularmente conhecida como Forte dos Reis Magos ou Fortaleza dos Reis Magos, foi o marco inicial da cidade — fundada em 25 de Dezembro de 1599 —, no lado direito da barra do Potengi (hoje próximo à Ponte Newton Navarro). Recebeu esse nome em função da data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, Dia de Reis, pelo calendário católico. Em formato de estrela, a fortaleza foi construída pelos colonizadores portugueses em 1598. Em 1633 foi invadida pelos holandeses. Anos mais tarde, os portugueses conseguiram retomar a cidade e o forte. O monumento ainda preserva os canhões expostos na parte superior do prédio, capela com poço de água doce e alojamentos.

O atual forte apresenta planta poligonal irregular, erguido em alvenaria de pedra e cal. Em torno do terrapleno, ao abrigo das muralhas, encontram-se dispostas a Casa de Comando, os Quartéis e os Depósitos; ao centro, ergue-se uma edificação de planta quadrangular, em dois pavimentos:

            -no pavimento inferior, situa-se a Capela, apresentando vãos em arco pleno;

             -no superior, acedido externamente por uma escada em dois lances e através de uma porta de verga reta, dispõe-se a Casa da Pólvora, coberta por uma cúpula piramidal. Nos vértices desta pirâmide, cunhais, cornija e pináculo completam o conjunto.

No terrapleno abre-se, ainda, a Cisterna.

O acesso ao forte é feito por uma passarela, da praia ao passadiço e, a partir daí, através de uma arcada à direita, saindo para o corredor. Outra escada dá acesso ao terrapleno e ao portão para a praça.

As suas características foram assim descritas por Câmara Cascudo:

"O forte se erguia, a setecentos e cinquenta metros da barra, em cima do arrecife, ilhado nas marés altas. É lugar melhor e mais lógico, anunciando e defendendo a cidade futura. A planta é do jesuíta Gaspar de Samperes, que fora mestre nas traças de engenharia, na Espanha e Flandres, antes de pertencer à Companhia de Jesus. É a forma clássica do forte marítimo, afetando o modelo do polígono estrelado. O tenalhão abica para o norte, mirando a barra, com os dois salientes. No final, a gola termina por dois baluartes. O da destra, na curvatura, oculta o portão, entrada única, ainda defendida por um cofre de franqueamento, para quatro atiradores e, sobrepostos à cortina ou gola, os caminhos de ronda e uma banqueta de mosquetaria. Com sessenta e quatro metros de comprimento, perímetro de duzentos e quarenta, frente e gola de sessenta metros, o forte artilhava-se de maneira irrepreensível. Atiraria por canhoneiras e a mosquetaria pela gola em seteira no cofre ou de visada na banqueta. A artilharia principal atirava à barbeta."

O forte fica localizado na Praia do Forte
(84) 3211.3820/ 3211.6166
Horário de visitação
Diariamente – 8h00 – 16h00
Valor: R$ 3,00
Aos domingo  a entrada é gratis

quarta-feira, 22 de julho de 2015

AIDENTO POESIA - O tremelique do cabra que buliu com uma moça do Nordeste

O Quadro AIDENTO POESIA trás semanalmente uma boa poesia para os leitores apreciar. Com uma poesia diferente toda semana, e o melhor, autores regionais.

--- Walter Medeiros

As coisa que eu relato
Nesses versos que escrevo
Sempre têm algum relevo
Pois tratam de algum fato
De repuxar qualquer nervo
Assim, para esse acervo
Vou ser bem imediato.
Nas quebradas do sertão
Bem no topo de uma serra
Um cabra quase se ferra
Numa noite de aflição
Foi parar naquela terra
Onde nenhum homem erra
E ninguém atira em vão.
Ele estava proibido
De na cidade passar
Sob pena de ganhar
Uns tapas no pé do ouvido
E morrer para pagar
O que devia por lá
Prá não ser tão enxerido.
Prá compreender a história
Primeiro eu vou dizer
O que precisa saber
Duma remota memória
Trinta anos vai fazer
Que Chico de Saruê
Fez uma coisa inglória
Ele veio lá da roça
Onde plantava feijão
Foi a sua perdição
Quando entrou numa troça
Arranjou uma paixão
E cheio de emoção
Foi parar numa palhoça.
O danado é que Chico
Fez logo o que não devia
Nem de noite nem de dia
Foi seu gesto mais nanico
Deitou-se com a Maria
Que logo no outro dia
Fez ele deixar o pico.
- Suma daqui, vá embora
Que não posso mais lhe ver
É melhor para você
Mudar logo sem demora.
Quando acabou de dizer
Viu ele estremecer
Pois só tinha uma hora.
Foi o tempo que lhe deram
Os irmãos daquela jovem
Não queira que eles provem
Pois o pior já fizeram
Logo logo eles se movem
E aqui as balas chovem
Nenhum segundo esperam.
Chico sumiu pelo brejo
Com um saco amarrado
Pelas costas arriado
Pisando espinho e tejo
Um cabrito desgarrado
Seria mais animado
E tinha mais privilégio.
Atravessou a caatinga,
Pulou cerca de arame
Sonhava com um salame
Mas só tinha a moringa
Sentia-se num tatame
Derrotado e infame
Sangue e suor lhe respinga.
Foi dando lá o seu jeito
Cada vez mais se afastando
Toda hora se lembrando
Uma grande dor no peito
Pela estrada pensando
Naquele momento quando
Seu passado foi desfeito.
Atravessou o Nordeste
Sem poder admirar
Coisas que via passar
Era um verdadeiro teste
Lá no Norte foi parar
Decidido a morar
Tão longe do seu agreste.
Sem falar do seu passado
Foi vivendo nova vida
Arranjou casa e comida
Trabalhando no pesado
Era tudo na medida
Uma terra prometida
Mas vivia desterrado.
Ele procurou viver
Dentro da normalidade
Tinha lá sua vaidade
Que ninguém pode perder
E uma cara-metade
Ali achou de verdade
E se casou prá valer.
Teve filhos com Antônia
A mulher que desposou
E quando o tempo passou
A família bem risonha
Para o Nordeste voltou
Mas longe se instalou
Daquela terra medonha.
Mas a vida não alerta
Para certos episódios
Onde se cultiva ódios
Nem a pessoa desperta
É como chegar no pódio
E encontrar-se com Ródio
Aquele que mais detesta.
Já fazia tanto tempo
Daquele fato vivido
Que Chico tava esquecido
Era outro seu pensamento
Para atender um pedido
Numa excursão tinha ido
Num ônibus super-lento.
O transporte que pegou
Era o maior pinga-pinga
Parecia uma caninga
Mas mesmo assim cochilou
Não existe quem distinga
Nem a chuva que respinga
Nem o rumo que tomou.
Pelas duas da manhã
Foi feita uma parada
E toda passageirada
Descia achando bom
Na brisa da madrugada
Uma notícia danada
O Chico mudou o tom.
Sonolento e distraído
Sentado na lanchonete
Queria comprar chiclete
Já tinha até pedido
Mas como um grande bofete
Disse, nervoso – repete!
O nome que escutou.
Ele havia perguntado
Que cidade era aquela
Olhando pela janela
Ficou logo apavorado
Sua face amarela
Lembrava-se da donzela
Que havia namorado.
Era naquela cidade
Que não podia voltar
Foi logo pro seu lugar
Pedindo por caridade
Para não mais demorar
Pois precisava chegar
A qualquer outra cidade.
Ninguém sabia por quê
Ele também não dizia
Tudo que ele queria
Era uma estrada ver
Onde então sentiria
Sua maior alegria
A certeza de viver.
Chegando noutra cidade
Respirou fundo e falou
Que nunca imaginou
Que pudesse de verdade
Viver momentos de horror
Como aqueles que passou
Que infeliz realidade.
Era essa a história
Que eu vi Chico me contar
Sei que vão me acreditar
Pois guardo cá na memória
Trinta anos no Pará
Para depois se arriscar
Obrigado, vou embora.













































































































































































sábado, 18 de julho de 2015

Racismo–Pai compra tenis para o filho e é tratado como ladrão pela polícia.

Um pai, após efetuar a compra de um tenis  para presentear seu filho, foi abordado pela policia militar acusado de furto, e, após a abordagem dá lição e aula de resistencia negra aos pm’s em São Paulo.
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acompanhe um video do ocorrido.

veja detalhes nesta matéria da TTV


Em tempos hodiernos, é inaceitável ações arbritarias como esta, onde torna-se explícito o preconceito racial, e ato de injuria. Vale lembrar que a função da polícia militar é fazer cumprir-se a lei. No caso, ela é,  seja de forma direta ou indireta, a “desordeira”. Esse método de “primeiro atirar” depois perguntar, infelizmente, ainda é muito difuso no país.
A formação de uma nova polícia para substituir esses desqualificados vai se iniciar quando?
O vídeo foi postado por Fabiana Alves em seu Facebook . De acordo com ela, o fato aconteceu dia 29 de agosto no calçadão de São José dos Campos, São Paulo: “Um homem e dois garotos foram abordados por policiais que disseram que tinham recebido uma denúncia de roubo.” Para mentes racistas, os primeiros negros vistos só poderiam ser os ladrões e para mentes racistas a abordagem violenta dos mesmo se justifica.
De acordo com o relato de Fabiana, o pai disse aos policiais que estavam no direito de averiguar a denúncia, mas não de prejulgar. Como podemos ver no vídeo, a abordagem da PM foi padrão de seu cotidiano violento – primeiro humilha, julga, violenta, para depois descobrir que as vítimas do racismo institucional não eram os supostos ladrões.
Os suspeitos são comumente tratados como criminosos, sempre prejulgados, a polícia militar faz age como se fosse polícia civil e Justiça. A abordagem completamente inadequada teve revista corporal, forçou as vítimas a colocar a cara na parede, acusou pai e filhos de ladrões, com policiais gritando no ouvido do pai que ele havia roubado.
O desfecho só não foi mais violento porque a multidão reagiu: pessoas começaram a filmar a abordagem dos policiais e se uniram às vítimas. Só assim os policiais recuaram.

 
fonte: Galedes

quarta-feira, 15 de julho de 2015

AIDENTO POESIA - A história do alcoólatra que resolveu se tratar

O Quadro AIDENTO POESIA trás semanalmente uma boa poesia para os leitores apreciar. Com uma poesia diferente toda semana, e o melhor, autores regionais.

--- Walter Medeiros

Quero traçar uma meta
prá todo o resto da vida
abandonar a bebida
que é a forma mais correta
de curar minhas feridas
tão grandes e doloridas
que meu ser tanto afeta
Preciso conscientizar-me
a partir destes momentos
que para este mal peçonhento
jamais necessito dar-me
estou certo que agüento
e encontrarei um ungüento
que é capaz de salvar-me
Já sei que o alcoolismo
é uma doença fatal
que provoca muito mal
para o meu organismo
portanto serei normal
quando chegar afinal
a vencer o fatalismo
O alcoolismo é incurável
já disse a medicina
porém nessa minha sina
tem a certeza agradável
de que qual penicilina
há uma forma cerebrina
de fazê-lo um mal tratável
As estatísticas já dizem
com toda convicção
que não há contemplação
para os ébrios infelizes
dez anos de vida são
cada um perde então
por conta dos seus deslizes
O álcool de nada serve
pois a ninguém alimenta
nenhum valor representa
mesmo que seja de leve
por isso neste momento
quero ser bem paciente
como o homem sempre deve
Por conta da bebedeira
só termino com ressaca
que me prejudica paca
de tudo que é maneira
é um mal estar que ataca
provocando uma inhaca
dos pés até a moleira
Da ressaca vem tristeza
que entra como navalha
faz da gente uma gentalha
o que não é qualquer moleza
é uma dor que se espalha
por conta de muitas falhas
sem escrúpulos de nobreza
Vem também a ansiedade
que deixa desapontado
e até precipitado
quem não tem capacidade
de não jogar para o lado
aquele mal reprovado
por toda sociedade
Da depressão não escapa
o que não pode beber
mas insiste em fazer
aquilo que até lhe mata
não adianta querer
nunca mais na vida ter
o que a natureza arrebata
A angústia, em seguida,
é uma dor pior ainda
com ela a pessoa finda
muito mais que deprimida
fica-se em uma berlinda
lá fora a vida linda
e em nós droga de vida
Por isso quero mudar
vou procurar resistir
prá de novo não cair
na vontade de tomar
procurarei construir
um ponto para partir
e sobriedade encontrar
Já assumo essa doença
sou alcoólatra e digo sim
porque perigo prá mim
é o rol de desavenças
resultando em triste fim
fazendo tudo assim
transformar-se em descrença
Em cada dos seus estágios
o álcool tem sua face
quem a ele se abrace
paga uns grandes pedágios
não pense que se ressarce
nem que achará disfarce
pois lhe falta até adágios
A face da sonolência
é séria e perigosa
sabemos que não é prosa
sua desobediência
situações desastrosas
chocantes e horrorosas
são as suas conseqüências
Quando a memória enfraquece
a pessoa fica vesga
qualquer criatura leiga
entende e não se esquece
o tom de pessoa meiga
com o qual a gente chega
por dentro nos enfraquece
Depois até úlcera aporta
com toda sua violência
aí só com paciência
prá não virar gente morta
precisa-se de clemência
e cuidados da ciência
se a vida nos importa
Chega ao fígado também
essa doença cruel
que pode deixar pinel
não fica livre ninguém
por isso aquele bordel
ou as bebidas ao léu
pesam mais do que um trem
Prá nossa apreensão
tem ele outro malefício
talvez deles o mais difícil
pois ataca o coração
é portanto de ofício
combater com sacrifício
procurando um irmão
Além de já ser assim
a doença é progressiva
e caso se sobreviva
o controle não é ruim
o que volta à ativa
tem é vida relativa
fica mais perto do fim
Como o álcool não é mole
precisa de tratamento
contra o desenvolvimento
para ver se se abole
e prá tanto sofrimento
eu aprendi e sustento
“evite o primeiro gole”
Não adianta querer
pode ser velho ou moço
pois é na verdade um osso
bem duro de se roer
chegando ao fundo do poço
só se evita o destroço
quando deixa de beber
O alcoólatra é doente
tem de deixar de beber
não adianta dizer
que a coisa é diferente
ele não tem o poder
de ante o copo se conter
pois é uma ser impotente
Se ele deixou a bebida
seja o tempo que for
não se conscientizou
e teve uma recaída
aí se bombardeou
pois o quadro piorou
é mais difícil a saída
Ademais é importante
dizer também que esse mal
termina anti-social
pois é vem deselegante
quem quer ser o maioral
ou se torna imoral,
indiscreto ou petulante.
Prá quem não pode beber
é melhor se conformar
tomar água, suco ou chá,
e não ficar à mercê
de quem quer lhe condenar
ou ridicularizar
por não saber se conter
Se isso não acontece
continua a aventura
que humilha a figura
a qual até tudo esquece
mas a dignidade pura
pode trazer a ventura
para aquele que fenece
Mesmo lá no ostracismo
pode haver uma saída
para mudar sua vida
combatendo o conformismo
haverá quem dê guarida
bem distante da bebida
prá salvar seu organismo
Não é sonho impossível
deixar de lado a vontade
buscando sobriedade
se tem uma força incrível
para enfrentar a verdade
com toda capacidade
seja qual for o seu nível
Precisa serenidade
para ter de aceitar
o que não pode mudar
na sua realidade
se assim se comportar
haverá de conquistar
a feliz sobriedade
Coragem é outro lema
para ser levado em conta
não querer a coisa pronta
nem ter medo do dilema
pois assim o homem encontra
saída prá vida tonta
que só lhe causa problema
Por fim a sabedoria
é preciso procurar
para poder separar
o que tem ou não valia
na alvorada que está
tão prestes a clarear
nossa vida tão vazia.






























































































































































































































quarta-feira, 8 de julho de 2015

AIDENTO POESIA - POR QUE AMO LER

O Quadro AIDENTO POESIA trás semanalmente uma boa poesia para os leitores apreciar. Com uma poesia diferente toda semana, e o melhor, autores regionais.
A palavra que vem do Outro...
A enorme procura.
A ânsia de viver outras vidas,
de não ser eu mesma,
mas, ao mesmo tempo,
ser, sem ser a mesma...
Palavras outras, palavras minhas,
substanciadas em conteúdos
devorados, trocados,
sonhados, re-colhidos...
Um amor despertado em
páginas-mundos agitados,
removidos,
rememorados,
transportados para outra esfera,
que me trazem para o aqui,
o agora e o porvir, também.
Enxergar melhor o que em mim é o mesmo,
o diferente, o disperso, o ausente, o silêncio.
Em lendo, emergir na voz interna que grita:
“Corre, vá, mundo afora...”
Embora esteja presa neste corpo que apenas gira a página.
Em lendo, transformar-me em tudo.
Embora os olhos se retraiam, míopes, cansados.
Outros olhos, não mais perdidos:
Só brilho, encanto, mito.
E as palavras?
Lendo-as, torno-as minhas,
Recebo-as em pensar, em colheitas fartas,
Em compartilhar.
Escrevendo-as, retiro de mim o que me doaram.
De um jeito entraram,
de outro jeito saem: fluidas, mágicas, plurais em tom, rimas, canto e coro.
Lendo-as, relendo-as,
um amor eterno, juvenil,
antes mítico, hoje meta.
Devorar o mundo das letras,
Sendo voraz nessa fome sem fim: ler, ler, ler!
Publicado inicialmente em:
http://alb.com.br/arquivo-morto/linha-mestra/revistas/revista_04/depoim_04.asp.html

quarta-feira, 1 de julho de 2015

AIDENTO POESIA - A surpresa da escada do amor

O Quadro AIDENTO POESIA trás semanalmente uma boa poesia para os leitores apreciar. Com uma poesia diferente toda semana, e o melhor, autores regionais.

--- Walter Medeiros

Quero contar pra vocês,
Com a maior precisão,
Qual foi a minha impressão,
Quando pensei certa vez
Sobre a maior emoção
Que temos no coração,
Sem contar nem até três.
Pois o amor, quando chega,
Vem logo arrepiando,
Deixa a gente se enganando,
E mole feito manteiga,
Quem ama, se abestalhando,
Pensa que está ganhando,
É a pessoa mais meiga.
Ele vai levando a gente,
Com tantos sonhos que traz,
A fazer tudo demais,
Deixa até impaciente.
É como ficar sem paz
Ser notícia nos jornais,
Junta tudo que se sente.
Eu comparo o amor,
A uma grande escada,
Comprida e enviesada,
Onde a pessoa entrou;
E que depois de entrar
Nunca pensa em voltar,
Por mais que vá sentir dor.
Ela tem tantos batentes,
Pelos quais vamos subindo,
Avançando e seguindo,
Continuando em frente;
Mesmo se desiludindo,
Todos continuam indo,
Lá ninguém é diferente.
A subida continua,
Por toda aquela escada,
Que é uma grande parada,
Maior do que muita rua;
Perigosa, engraçada,
Não se compara a nada,
Parece que se flutua.
Nessa seqüência subida,
Com pássaros e jardins,
Quem sabe até querubins,
Tudo de bom dessa vida,
Finda chegando ao fim,
Pois a escada é assim,
Nunca garante guarida.
Aí vem uma surpresa,
Bem lá no fim da escada,
Uma parede fechada,
Lisa, que é uma beleza;
Não tem por onde seguir,
Pode chorar, pode rir,
É coisa da natureza.
Não se entende por quê
Se fez uma escada dessa,
Que tem batentes à beça,
Quem poderia dizer?
Alguém pregou uma peça,
É isso que interessa
A gente compreender.
Não se quer descer de volta;
Ninguém gosta de perder,
Mas não há o que fazer,
Nem precisa de escolta;
O jeito é se render,
Começar logo a descer,
E ver se ninguém lhe nota.
Cada batente é uma lágrima,
É também, uma saudade,
Pois é fim indesejado,
De deixar a cara pálida
Uma grande decepção,
Mas por resignação,
Uma experiência válida.
Resistindo e não descendo,
Tem de se abrir uma porta,
Até com a mão, não importa,
Todo mundo compreende;
Seria uma resposta,
Como todo amante gosta,
E o problema resolvendo.
Com sacrifício e fé,
Com muita perseverança,
Inocência de criança,
Amor de homem e mulher,
Alcançará a bonança,
Pois o amor só avança
Do jeito que a gente quer.
Não acredito que o amor
Nos leve a nada ruim;
Então, fazendo por mim,
A parede derrubou;
Vejam só qual foi o fim
Que encontrei bem assim,
Quando tudo terminou.
Depois da parede, estava
Tudo que a gente procura:
Sem choro nem amargura,
Vejam só quem lá morava;
Quanto mais tal aventura
Parecia uma loucura,
muito mais apreciava.
Vou lhe dizer a verdade
De quem estava ali;
Só acredito porque vi,
Creia-me, por caridade;
Quando rompi a parede,
Cansado e com tanta sede,
Vi logo a felicidade.
O pior é que ela disse
Que tinha ido pra lá
Sempre me vendo chegar,
Parecendo uma tolice;
Mas disse, pra terminar,
Que não iria chegar,
Se pra lá eu não subisse.





















































































































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